Eliran Kantor e Marcos Moura transformam Giants and Monsters em obra visual
Por Michel Sales
No final de agosto, o Helloween lançou seu 17º álbum de estúdio, Giants and Monsters (2025), um trabalho que resgata de forma mais evidente as raízes clássicas da banda e reacendeu o entusiasmo dos fãs do septeto.
A recepção foi calorosa em diversas partes do mundo, com críticas positivas tanto na imprensa especializada quanto em canais do YouTube e portais de notícias. Muito se destacou nas análises sobre as novas composições: a sonoridade marcante, as letras bem construídas, a força das vocalizações e uma produção mais polida, mas ainda carregada das características do grupo.
No entanto, assim como aconteceu no álbum homônimo de
2021, a arte de Giants and Monsters merece menção especial. Mais uma vez, o
Helloween contou com o talento do aclamado ilustrador Eliran Kantor,
responsável por dar vida a uma capa icônica e repleta de elementos simbólicos.
O artista israelense, conhecido por trabalhos para bandas como Testament,
Kreator, Sodom, Atheist, Hatebreed e Iced Earth, imprime em suas criações cores
vibrantes, fantasia sombria e um senso narrativo quase pictórico. Sua marca é
traduzir a música em imagens cheias de metáforas visuais, elevando o impacto do
disco para além do som.
Mas a grandiosidade visual não para por aí. O álbum também traz as ilustrações do brasileiro Marcos Moura, responsável por revitalizar a clássica mascote do Helloween — a abóbora. Suas artes surgem em cada composição, harmonizando-se com as canções e resgatando o espírito divertido e detalhista que marcou a fase áurea da banda. Moura combina traços gráficos inspirados em quadrinhos com a estética típica do heavy metal, trabalhando elementos simbólicos, sombrios e cômicos ao mesmo tempo. O resultado é uma identidade visual que reforça a essência irreverente do grupo e dialoga diretamente com seus fãs.
No conjunto, Giants and Monsters reafirma a vitalidade
do Helloween: uma banda que segue inovando e vibrando, explorando novas facetas
sem jamais renegar seu passado glorioso. Vida longa às Abóboras do Metal.

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