domingo, 6 de outubro de 2024

LEGADO ESTRIDENTE

Freedom Call e a grandeza épica de Dimensions

Por Michel Sales 



Conhecido por sua sonoridade otimista e épica, o Freedom Call lançou em 2007 o fodastico 'Dimentions', um álbum que misturou elementos de Power Metal melódico com temas de fantasia, que já são característicos da banda.

Este sexto disco dos alemães também apresentou um tom mais acessível e melódico em comparação a trabalhos anteriores, mantendo as guitarras rápidas, baterias energéticas e coros grandiosos. As letras do discaralhoooo abordam temas como esperança, batalhas épicas e mundos imaginários, que são um padrão dentro do gênero.

Algumas faixas notáveis incluem: "Mr. Evil": Uma canção rápida e energética que abre o álbum com um som potente; "Far Away": Uma faixa épica que combina riffs poderosos e vocais melódicos; "Dimensions": A faixa-título traz um toque progressivo e sinfônico, com um clima atmosférico.

O álbum foi bem recebido pelos fãs do estilo, consolidando o Freedom Call como um dos principais representantes do Power Metal no cenário europeu.

Nota: 10

A BANDA 

Formada em 1998 por Chris Bay (vocalista e guitarrista) e Dan Zimmermann (ex-baterista do Gamma Ray), o Freedom Call ficou conhecida por combinar elementos do metal tradicional com coros épicos, temas de fantasia e uma abordagem positiva em suas letras.

Seu álbum de estreia, Stairway to Fairyland (1999), recebeu boa recepção na cena do metal europeu. Ao longo dos anos, Freedom Call lançou diversos álbuns aclamados, como Eternity (2002), que consolidou seu som característico, marcado por ritmos acelerados, solos de guitarra virtuosos e vocais altos e melódicos.

Um dos temas recorrentes nas músicas da banda é o conceito de esperança, união e batalhas, o que ressoa fortemente com os fãs de power metal. O álbum Beyond (2014) é um exemplo disso, com sua atmosfera grandiosa e produção polida.

Apesar de várias mudanças na formação ao longo dos anos, Chris Bay permaneceu como o coração da banda, liderando Freedom Call em turnês internacionais e mantendo uma base de fãs dedicada.

sábado, 5 de outubro de 2024

NOTHING TO UNDO

A jornada épica do Metalium em mais um capítulo fantástico

Por Michel Sales


Cativados pelo rico universo literário e criativo do Power Metal, os fãs do estilo vibram com entusiasmo ao explorar a diversidade de álbuns das inúmeras bandas que integram o gênero.

Nothing To Undo (2007), sexto trampo dos alemães do Metalium é mais um deleite estridente nos tímpanos dos fãs mais ardorosos pelo melhor segmento épico de espada e feitiçaria, num discaralhoooo que mantém a temática fantástica como marca registrada, impregnando músicas intensas e rápidas com vocais poderosos.

Neste novo capítulo, o conceito de Nothing To Undo gira em torno da ideia de "não ser capaz de desfazer", abordando temas como arrependimento, redenção e as consequências de nossas escolhas. As faixas são densas em narrativa, mantendo o estilo vigoroso da banda, com guitarras distorcidas e baterias rápidas, destacando as insanas "Mental Blindness", "Spirits" e "Heroes Failed".

A produção do disco também é bastante polida, característica comum no Metalium, para alegria do dos fãs que sempre recepcionam com positividade cada álbum revelado pela banda.

Nota: 9

LEGADO 

Formada em Hamburgo em 1998, o Metalium foi uma banda de Power Metal reverenciada por suas temáticas épicas e fantasiosas, destacando letras sobre guerreiros, mitologias e batalhas heroicas. 

Combinando elementos tradicionais do Heavy Metal com a velocidade e a grandiosidade características do Power Metal, o Metalium conquistou o cenário europeu durante a década de 2000.

O álbum de estreia, Millennium Metal – Chapter One (1999), chamou atenção por sua energia e extrema qualidade. Desde o início, a banda adotou um conceito de "capítulos", onde cada álbum representava uma parte de uma saga. Essa narrativa unificava os lançamentos e criava uma continuidade que agradava aos fãs do gênero.

A formação inicial contava com Henning Basse (vocal), Matthias Lange (guitarra), Lars Ratz (baixo, fundador da banda) e Mike Terrana (bateria), músicos já experientes no cenário do metal. Henning Basse, com sua voz poderosa e dramática, foi um dos destaques da banda.

Ao longo de sua carreira, o Metalium lançou oito álbuns de estúdio, sendo o último Grounded – Chapter Eight (2009), mantendo uma base sólida de seguidores. Apesar de nunca alcançar o mesmo sucesso comercial de outras bandas de power metal, como Helloween ou Blind Guardian, eles mantiveram uma reputação de consistência e lealdade aos temas épicos.

A banda encerrou suas atividades em 2011, deixando um legado dentro do power metal e uma coleção de álbuns que continuam a ser apreciados por fãs do gênero.



ABBATH

A reinvenção de um ícone do Black Metal em seu primeiro álbum solo

Por Michel Sales


Em 2016, o lendário músico norueguês Olve Eikemo, vulgo 'Abbath', deu início a uma nova fase em sua carreira com o lançamento de seu primeiro álbum solo, autointitulado Abbath. O disco veio logo após sua saída do Immortal, em 2015, devido a divergências com os demais integrantes da banda.

Embora o álbum mantenha a essência do Black Metal que o consagrou, Abbath incorporou novas influências, explorando elementos de thrash metal e rock pesado. O trabalho foi amplamente elogiado por crítica e fãs, com faixas como "Winter Bane" e "Ashes of the Damned" destacando-se pela intensidade das composições e pelo som avassalador.

Nesse lançamento, Abbath conseguiu não apenas preservar sua identidade musical – marcada por seus vocais imponentes, riffs cortantes e uma atmosfera densa e sombria – mas também expandir suas fronteiras artísticas, mantendo-se fiel às suas raízes enquanto explorava novos caminhos criativos.

Nota: 10.

O ÍCONE

Abbath é uma figura icônica do Black Metal, conhecido por ser o fundador e ex-vocalista da lendária banda norueguesa Immortal. Nascido em 27 de junho de 1973, Abbath se destacou como um dos mais influentes músicos dentro do gênero, tanto por seu estilo musical quanto por sua estética teatral.

A carreira de Abbath começou em 1990, quando ele cofundou o Immortal, uma das bandas pioneiras da segunda onda do Black Metal norueguês. Com álbuns clássicos como Pure Holocaust (1993) e Sons of Northern Darkness (2002), Immortal consolidou sua posição como um dos pilares do gênero, com suas músicas cheias de atmosferas gélidas, riffs ferozes e letras que remetem a temas de mitologia nórdica e paisagens inóspitas. Abbath foi a força criativa por trás de muitas dessas composições, como vocalista, guitarrista e, ocasionalmente, baixista.

Hoje, além de sua carreira solo, Abbath é conhecido por suas colaborações com outras bandas de metal e por seu impacto na cena global do Black Metal. Com seu estilo vocal inconfundível, presença de palco marcante e um talento inato para criar atmosferas sombrias e potentes, ele continua a ser uma referência importante no metal mundial.

LEGACY OF KINGS

O álbum que elevou o HammerFall ao panteão do Power Metal mundial

Por Michel Sales


Estabelecendo o HammerFall no cenário internacional, consolidando o estilo tradicional do Heavy Metal que homenageia bandas clássicas como Judas Priest e Iron Maiden, o segundo disco dos suecos surgiu como um clássico.

Lançado em 1998, 'Legacy Of Kings' é um discaralhoooo atemporal do HammerFall, sobretudo, seguindo o estilo Power Melódico, com guitarras rápidas, vocais poderosos e refrões grandiosos. 

A temática das músicas envolve batalhas épicas, mitologia e cavaleiros, elementos comuns no estilo. A faixa-título, "Legacy of Kings", exemplifica o som épico e grandioso que o álbum traz, enquanto faixas como "Heeding the Call" e "Let the Hammer Fall" são alguns dos destaques que se tornaram favoritos entre os fãs.

Na época, a formação da banda no álbum incluiu: Joacim Cans (V), Oscar Dronjak (G), Stefan Elmgren (G), Magnus Rosén (B) e Patrik Räfling (D). Essa formação foi essencial para o som de Legacy of Kings, com a combinação de vocais melódicos de Joacim Cans e os riffs pesados e rápidos de Oscar Dronjak e Stefan Elmgren, criando uma base sólida para o álbum.

Pela crítica e pelos fãs do gênero, o trampo foi amplamente aclamado, sendo frequentemente citado como um dos melhores álbuns de Power Metal dos anos 90. A produção clara e polida, juntamente com os arranjos melódicos e o poder dos vocais de Joacim Cans, foram elogiados. 

Legacy of Kings ajudou a catapultar o HammerFall para a fama global, especialmente na Europa, América do Sul e Ásia, onde o Power Metal já tinha uma grande base de fãs. Além disso, o álbum desempenhou um papel fundamental no renascimento do Heavy Hetal tradicional, influenciando várias bandas que surgiriam no final dos anos 90 e início dos anos 2000.

No mais, Legacy of Kings permanece um dos álbuns mais icônicos do HammerFall, e várias das suas músicas são constantemente tocadas nos shows da banda. Esse disco pavimentou o caminho para que o HammerFall se tornasse uma das bandas líderes no Power Metal mundial, também ajudando a solidificar o status do quinteto como um dos principais nomes no renascimento do metal tradicional no final dos anos 90, ao lado de outras bandas como Blind Guardian, Stratovarius, Angra, Rhapsody, Helloween e Gamma Ray.

Nota: 10

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

BOLSA BRASILEIRA

Manutenção do subdesenvolvimento

Por Michel Sales 


O Brasil é conhecido pela abundância de programas assistenciais, com bolsas para quase tudo: Bolsa-Família, Bolsa-Gás, Bolsa-Bet, Bolsa-Imprensa, Bolsa-Medicamentos, Bolsa-Marmita, entre outras.

Paralelamente, temos ainda a Bolsa de Valores e, ironicamente, as bolsas de madames, em meio a uma enxurrada de sacolas que poluem rios, igarapés, oceanos e entopem bueiros.

A "cultura da bolsa", como um artifício político da esquerda, tem mantido a população mais pobre, dependente, sem estímulo ao empreendedorismo ou à educação financeira, o que contribui para o aumento da violência. 

Dessa forma, o povo brasileiro se vê numa encruzilhada entre a criminalidade e a desesperança, com a exclusão social se agravando.

E nessa lógica, vivemos mesmo um período de decadência para os mais humildes, que são privados de oportunidades de crescimento devido a políticas que não favorecem o desenvolvimento econômico. Isso é refletido também no alto custo dos combustíveis, fretes e impostos sobre mercadorias.

O Brasil, um país repleto de recursos, parece estar continuamente explorado por um sistema opressor, seja ele comunista ou dominado por figuras políticas que perpetuam a estagnação e o abuso.

BETTER THAN RAW

Helloween retorna ao peso e consolida sua essência no Power Metal

Por Michel Sales


O 8° álbum de estúdio das abóboras do Power Metal alemão, 'Better Than Raw' (1998), foi mais um trampo dedicado do Helloween com uma produção cristalina.

Aclamado por fãs e críticos como um dos melhores trabalhos da banda nos anos 90, Better Than Raw trouxe uma mistura de elementos tradicionais do Heavy Metal com o estilo Power que eles ajudaram a consolidar.

Alguns pontos importantes deste discaralhoooo incluem uma volta ao som mais pesado, após o tom mais experimental de álbuns anteriores, com as faixas segmentando guitarras rápidas e pesadas, melodias cativantes, além dos vocais estridentes de Andi Deris.

Vide só as faixas "Push", "I Can" e "Hey Lord!", elas são algumas das canções mais populares do álbum, sendo que "I Can" se tornou um hino por sua mensagem de superação.

Na época, a produção de Better Than Raw ficou a cargo do produtor habitual da banda, Tommy Hansen, conhecido por colaborar em vários álbuns clássicos do estilo.

Liricamente, o disco abrange temas variados, desde críticas sociais até mensagens motivacionais, algo típico na discografia do Helloween. E com Better Than Raw, as abóboras do Metal consolidaram ainda mais sua influência no cenário europeu, mostrando sua capacidade de inovar dentro do estilo Power Metal, sem perder sua essência.

Nota: 10

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

MERCYFUL FATE

Um passeio pelo oculto na maestria do Heavy Metal com Into The Unknown

Por Michel Sales 


Lançado em 1996, 'Into The Unknown', 5° álbum de estúdio dos dinamarqueses do Mercyful Fate, mesclou elementos de Heavy Metal tradicional, letras ocultistas e  explorou novas variações em seu som.

Contando com uma produção mais refinada, o álbum referiu uma continuação do estilo estabelecido em trabalhos anteriores do Mercyful Fate, assegurando os vocais distintos de King Diamond, além dos solos de guitarra de Hank Shermann como principais destaques.

E apesar de não ser tão celebrado quanto os clássicos Melissa (1983) e Don't Break The Oath (1984), Into the Unknown ainda oferece uma sólida adição ao catálogo da banda, impregnando faixas como "The Uninvited Guest" e "Fifteen Men (And a Bottle Of Rum)" trazendo a energia e atmosfera obscura típicas da banda, enquanto outras, como a faixa-título "Into The Unknown", situou uma abordagem um pouco mais melódica. 

Contudo, partindo dos fãs de longa data, o álbum foi muito bem recebido, mesmo inovando pouco junto aos demais integrantes; Michael Denner (guitarra), Sharlee D'Angelo (baixo) e Bjarne T. Holm (bateria).

Into The Unknown refletiu, sobretudo, a habilidade da banda em manter sua identidade sonora enquanto explorou novas direções sob os temas de mistério e escuridão, característicos do Mercyful Fate.

Nota: 10

THE UNFORGETTABLE FIRE

O álbum que redefiniu o som do U2 e preparou o caminho para o sucesso global

Por Michel Sales


O U2 em 1984 lançou o inigualável ‘The Unforgettable Fire’, 4º álbum de estúdio da banda irlandesa que também marcou uma mudança significativa no som do quarteto, passando de um estilo mais direto e rock para um som mais atmosférico e experimental.

Sob a produção de Brian Eno e Daniel Lanois, The Unforgettable explorou novos territórios musicais, destacando alguns pontos importantes, dentre eles um som mais etéreo e artístico, com influências de música ambiente e texturas sonoras complexas. Isso representou uma ruptura com os álbuns anteriores do U2, como War (1983), que teve uma abordagem mais politizada.

Canções marcantes como "Pride (In The Name of Love)" e "The Unforgettable Fire" são alguns dos maiores sucessos do álbum. "Pride" foi um tributo a Martin Luther King Jr. e se tornou um dos hits mais emblemáticos da banda.

O disco abordou ainda temas de guerra, paz e questões políticas e sociais, refletindo o crescente interesse da banda em usar sua música para fazer declarações sobre o mundo. E já na "The Unforgettable Fire Tour", o álbum foi promovido numa época em que a banda começou a se consolidar como uma grande força ao vivo, com apresentações grandiosas e emocionantes.

No mais, The Unforgettable Fire foi fundamental para o U2, pois abriu o caminho para o sucesso global que viria com 'The Joshua Tree' em 1987.

Nota: 10

domingo, 29 de setembro de 2024

THE BOOK OF SOULS

A odisseia progressiva do Iron Maiden que desafia o tempo e críticos

Por Michel Sales


Se a Donzela de Ferro já vinha incorporando elementos progressivos em seus álbuns mais simples, o que dizer então do grandioso disco duplo The Book Of Souls (2015)? E antes mesmo de criticar negativamente essa bolachinha, vale a pena destacar que o 16º álbum de estúdio dos britânicos se sobressai por várias razões...

Com uma duração de mais de 90 minutos, o que o torna o álbum mais longo da carreira da Iron Maiden, The Book Of Souls explora conceitos místicos e espirituais, com influências culturais maias, como se reflete na arte da capa. Já as letras tratam de vida, morte, alma e imortalidade, dentre canções marcantes, incluindo músicas longas e épicas como "Empire Of The Clouds", que tem 18 minutos, tornando-se a faixa mais longa já gravada pela banda, sendo uma música escrita por Bruce Dickinson descrevendo o desastre aéreo do dirigível britânico R101.

O lançamento do álbum também ocorreu durante um período difícil para Bruce Dickinson, que havia passado por um tratamento contra o câncer de língua. Mesmo assim, sua performance é impressionante neste trampo, o elevou The Book Of Souls pela crítica e fãs, sendo elogiado por sua ambição, complexidade e o retorno da banda ao seu estilo progressivo. E nessa pegada, o disco alcançou o topo das paradas em vários países e consolidou ainda mais o legado do Iron Maiden.

De fato, The Book Of Souls mostra o Iron Maiden em grande forma, com uma mistura de inovação e homenagem às suas raízes do Heavy Metal, entenda você ou não.

Nota: 10



sábado, 28 de setembro de 2024

VIPER

A trajetória de uma lenda do Heavy Metal brasileiro

Por Michel Sales 


Formada em São Paulo - no ano de 1985 - o Viper é considerada uma das bandas pioneiras do Heavy Metal brasileiro, contando hoje com uma vasta discografia e prestígio mundial.

Em sua formação inicial, o Viper contou com Andre Matos (vocal), Pit Passarell (baixo), Yves Passarell (guitarra), Felipe Machado (guitarra) e Cassio Audi (bateria). Andre Matos, que tinha apenas 14 anos, viria a se tornar uma figura icônica no metal brasileiro, mais tarde fundando a banda Angra.

Dentre os álbuns de renome dos caras, vale citar: Soldiers of Sunrise (1987), disco que assegurou um estilo influenciado por Iron Maiden e Judas Priest. E embora tivesse uma produção modesta, o álbum conquistou uma base sólida de fãs no Brasil e no exterior; Theatre of Fate (1989), trabalho que mostrou uma evolução significativa na sonoridade do grupo, incorporando elementos neoclássicos e um nível mais elevado de complexidade musical, sendo considerado hoje um dos melhores álbuns de heavy metal nacional em todos os tempos. Nele, Andre Matos impressionou com sua voz, e o álbum também foi muito bem acolhido internacionalmente.

Mas como nem tudo são flores num grupo de mentes insanas e criativas, mudanças ocorreram no terceiro álbum com a saída de Andre Matos em 1990, e Pit Passarell assumiu os vocais para o lançamento de Evolution (1992), disco que marcou novamente uma mudança significativa no som do Viper, agora mais focado em um metal mais direto e pesado, mas mantendo elementos do estilo Power

Algumas características notáveis de Evolution incluem: "Rebel Maniac", "Coming From The Inside" e "The Shelter". Essas músicas mostraram um som mais maduro e diferenciado do Viper, tanto em termos de produção quanto de composição.

Evolution é um trabalho menos neoclássico que os discos anteriores, com uma pegada realmente mais pesada e direta, além de apresentar algumas tendências mais experimentais. E embora a mudança de estilo e de vocalista tenha causado certo estranhamento entre os fãs da primeira fase, o álbum foi bem recebido e é considerado um dos marcos da carreira do Viper.

LEGADO

Nos anos 90, a banda conquistou espaço na cena musical internacional com turnês pela Europa e Japão. Desde então, eles são frequentemente citados como uma das bandas brasileiras mais influentes dentro do estilo, junto com nomes como Sepultura e Angra.

Outros álbuns de destaque do Viper incluem: Coma Rage (1995), All My Life (2007) e Timeless (2023). Assim, a importância do Viper reside não só em sua música, mas também no fato de que ajudaram a abrir portas para bandas brasileiras no exterior. Músicos como Andre Matos e Pit Passarell são ícones no cenário do metal, e a influência do Viper pode ser sentida em várias bandas de metal brasileiras que surgiram depois deles.

Hoje, o Viper é lembrado por sua inovação, energia ao vivo e contribuições para o crescimento da cena heavy metal no Brasil e no mundo.

Vida longa ao Viper!

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

SPELLBOUND

O álbum que levou o Ten ao olimpo do Rock Melódico

Por Michel Sales

 

Um marco no AOR, "Spellbound" (1999), segundo álbum dos britânicos do Ten, consolidou a audiência da banda no cenário da música melódica. Liderado pelo vocalista e compositor Gary Hughes, o Ten ficou conhecido por suas composições épicas e sonoridade elaborada com influências sinfônicas.

E mantendo a tradição do Ten de incorporar temáticas fantasiosas e históricas, com uma produção robusta e arranjos que equilibram momentos mais intensos com baladas emocionantes, Spellbound está entre os maiores sucessos da banda destacando faixas notáveis que incluem: "March of the Argonauts", uma introdução instrumental épica que remete à mitologia grega, um tema recorrente nas letras de Gary Hughes; "Fear the Force", uma música poderosa e energética que destaca os vocais expressivos de Hughes e a guitarra marcante de Vinny Burns; "We Rule the Night", um dos grandes destaques do álbum, com uma pegada mais melódica e um refrão conveniente; E "Spellbound", uma canção que sintetiza bem o espírito do álbum, com uma mistura de melodia cativante e instrumentação complexa.

A arte da capa de "Spellbound" também é notável por seu estilo épico e místico, alinhando-se perfeitamente com os temas presentes nas músicas da banda. Criada por Luis Royo, um renomado artista espanhol conhecido por suas ilustrações de fantasia sombria, a capa apresenta uma figura feminina enigmática e poderosa, cercada por uma atmosfera misteriosa.

Na imagem, uma mulher aparece em um ambiente sombrio e sobrenatural, evocando uma aura de mistério e magia, reforçando o título do álbum, que remete a feitiços e encantamentos. O estilo de Royo, caracterizado pelo uso de tons escuros e detalhes minuciosos, dá à capa uma sensação de fantasia gótica. Ele é conhecido por suas representações de personagens fortes e sedutoras em cenários futuristas ou fantásticos, o que se reflete nesta obra.

Nota: 10



LEGADO ESTRIDENTE

Freedom Call e a grandeza épica de Dimensions Por Michel Sales  Conhecido por sua sonoridade otimista e épica, o Freedom Call lançou em 2007...