O renascimento ainda mais sinistro do gigante
Por Michel Sales
O período vivido pelo
Black Sabbath no inicio dos anos 80 - após a saída de Ozzy Osbourne -
caracterizou uma era tremendamente tenebrosa em sua trajetória Doom Metal, onde novos músicos deram as caras e injeção sonora ao grupo, fatores que reviraram a
cabeça de muitos fãs conservadores, mas o Black Sabbath teria que continuar
proliferando a Terra com novos demônios.
Born Again (1983) é um
disco aclamado no Brasil e reflete um Black Sabbath pesado e macabro, soando
como uma trilha sonora do Dia das Bruxas. Esse tom de terror que o álbum dispara deveu-se ao desempenho insano de Ian Gillan (Deep Purple), que imprimiu
ao extremo sua característica mais forte, as vocalizações agudas.
Tem quem discorde, mas de
cabo a rabo Born Again é profano e monstruoso com sua musicalidade. E esse álbum
pode até não situar a melhor produção do Black Sabbath, mas de forma alguma
ele soa datado. Pelo contrário, Born Again é um sobrevivente do tempo, que
mesmo esquecido por muitos, é imortal para poucos e isso é o que importa.
Na Inglaterra, o 11º
disco do Black Sabbath ficou em 4º lugar nas paradas. E além de suas letras com
reflexões nefastas, sua ilustração grotesca também remeteu bastante atenção nos
anos 80 na arte desenvolvida por Steve Joule, que no passado disse não ter
baseado seu trabalho na fotografia de um bebê estampada na revista Mind Alive,
em 1968.
No mais, tire agora a
poeira deste „trampo classicudo‟ do Black Sabbath e confira no volume máximo a
„riferama‟ de Tony Iommi (g), a „martelada‟ de Bill Ward (d), as „galopadas‟ de
Geezer Butler (b) e a „aura sombria‟ de Geoff Nicholls (t) em: Trashed /
Stonehenge / Disturbing The Priest / The Dark / Zero The Hero / Digital Bitch /
Born Again / Hot Line e Keep It Warm.
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