A febre dos anos 80 e 90 do século XX no centenário XXI
Cyneida Correia, jornalista e colecionadora (Foto e Texto: Michel Sales)
A prática do colecionismo
remonta a Antiguidade, a Idade Média e consolidou-se no Renascimento quando pela
primeira vez os objetos foram recolhidos em espaços apropriados para serem admirados
e estudados. Hoje, além da simples organização ou seleção de itens por categoria,
o colecionismo possibilita a troca, venda e a realização de eventos.
No Brasil, as décadas de
1980/90 desprenderam enorme criatividade nos mercados da música, moda, danças,
cinema, séries de TV, animações, quadrinhos e multiverso dos brinquedos - quando
a Coca-Cola, Pepsi e outras marcas inseriram uma enxurrada de brindes
promocionais instigando a obsessão do consumidor pelo hobby das coleções.
Atualmente, poucas pessoas
guardam com carinho algum artigo daquela época, sejam miniaturas de carros, tazos,
selos postais, cartões telefônicos, bichinhos da Parmalat, copos de requeijão
decorados, geloucos, minibolas, livros, games, discos, CDs, adesivos, papéis de
carta, bolinhas de gude, cédulas, moedas, chaveiros, etc.
Para a Jornalista Cyneida Correia, o colecionismo reforça a identidade pessoal, "A coleção é uma extensão da personalidade do colecionador incorporando lembranças da infância, conhecimento, perfeccionismo, prestígio e diversão", destacou.
Dessa forma, a nostalgia de outros tempos vem persistindo ardente na alma dos antigos aficionados e de novos entusiastas da cultura do colecionismo que a qualquer momento vivem e revivem seus melhores instantes.
"Todavia, na caçada destes ‘tesouros’, a carestia também tem sido um dos principais entraves no colecionismo, desestimulando e desfavorecendo muita gente, sobretudo, enfraquecendo a história e a amplitude do conhecimento para as gerações futuras", reforçou Cyneida.
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