A Inteligência Artificial desalinhando conceitos originais
Por Michel Sales
Com o advento da Inteligência Artificial (IA) tomando promoções consideráveis em meio a comunidade contemporânea, a cada dia observamos novas tecnologias do tipo avançando nos segmentos da programação, fazendo com que equipamentos diversos consigam interpretar dados suficientes para resolver tarefas específicas, sobretudo, agindo de uma forma mais semelhante ao ser humano.
No campo musical, por exemplo, vira e mexe encontramos nas redes sociais algumas peripécias da IA, todavia criando ou recriando imagens, fato que tem deixado a classe artística mais conservadora de cabelo em pé testemunhando a desconstrução de trabalhos singulares sendo manipulados pela IA, a partir de terceiros.
Sob o olhar comum, a situação pode até parecer fantástica ou gloriosa, mas seguramente encontra divergência com os profissionais das obras, além de um punhado de fãs que igualmente repugnam a 'brincadeira'.
No Facebook, por exemplo, em grupos estrategicamente criados para incitar discordâncias e ódio, é fácil topar com capas do Helloween, Angra e demais bandas subitamente reconfiguradas pela IA. E já se fala até de processos judiciais contra os criadores de conteúdos avessos.
No mais, valorizar ou simplesmente respeitar a originalidade do artista contratado deveria ser comum a todos, pois trabalhar a arte de um disco envolve enorme reflexão sobre minuciosos detalhes, onde o artista deveras submerge no todo da obra, ouvindo as canções, reparando as letras, fotografias e demais particularidades.
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