GRAVE DIGGER

Sangue nos olhos do Coveiro

Por Michel Sales

Completada a trilogia da Idade Média com Tunes Of War (1996), Knights Of The Cross (1998) e Excalibur (1999), o Grave Digger ainda vagava extasiado sobre a estrada de tijolos dourados de Oz, quando de repente os alemães toparam na cova do poeta Edgar Allan Poe, no Cemitério Westminster Hall, em Baltimore, nos EUA.

Ali, enquanto acontecia um estranho ritual, o quinteto observou um bando de corvos em volta de Poe. Então, inspirados nos conceitos obscuros do crítico literário, nascia The Grave Digger (2001) enveredando uma atmosfera completamente sinistra e ainda mais bombástica que qualquer outro trabalho desenrolado pela banda.

Com uma produção poderosa, o 10° petardo dos caras trouxe canções cativantes flertando com o medo, os espíritos, as pragas, os demônios, o fogo sagrado, o silêncio e a morte.

The Grave Digger é um disco que abre as portas do século XXI replicando histórias fantásticas de Poe envolvendo mistérios e fatos macabros. E como já mencionado pelo escritor, “Quando um louco parece completamente lúcido é o momento de colocar-lhe a camisa de força”.

Discaralho nota 10.

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