domingo, 20 de outubro de 2024

ASCENDING TO INFINITY

O Cinematic Metal de Luca Turilli

Por Michel Sales 


Lançado em 2012, 'Ascending To Infinity' marcou uma nova fase na carreira de Luca Turilli, após sua saída da formação original do Rhapsody Of Fire, banda que ele cofundou.

Nessa nova empreitada, Turilli decidiu seguir com sua visão musical de metal sinfônico e cinematográfico, criando uma versão do Rhapsody sob seu nome. 

Todavia, Ascending To Infinity seguiu a mesma linha épica que define o trabalho do músico, combinando power metal com orquestrações grandiosas, elementos de trilhas sonoras e temas líricos envolvendo fantasia, espiritualidade e mistério. Ele incorpora diversos gêneros, como música clássica, barroca, ópera e até elementos eletrônicos.

Na época de seu lançamento, Turilli até apelidou o som da banda de "cinematic metal", uma vez que houve um grande foco em criar uma experiência auditiva que remetesse a trilhas de filmes épicos e grandiosos, com coros e arranjos orquestrais elaborados, dando a sensação de uma narrativa visual.

Embora a fantasia ainda seja uma parte importante do trabalho de Turilli, Ascending To Infinity explorou temas mais filosóficos e espirituais, discutindo a ascensão da alma, a busca pelo conhecimento e o infinito, como sugere o título. A narrativa do álbum não segue uma história linear como os trabalhos anteriores do Rhapsody, mas cada música traz um conceito próprio, cheio de simbolismo e metáforas.

Destaques para "Dark Fate of Atlantis": Uma das faixas mais poderosas, com arranjos orquestrais exuberantes, coros épicos e uma estrutura complexa; "Clash Of The Titans": Uma faixa com melodias cativantes, solos de guitarra impressionantes e uma atmosfera heroica; "Tormento e Passione": Uma faixa que mistura o metal sinfônico com ópera, cantada em italiano e com uma carga emocional intensa.

Ascending To Infinity foi bem recebido pelos fãs de metal sinfônico, sendo elogiado por sua ambição e produção detalhada. Luca Turilli mostrou que podia continuar a expandir o som do Rhapsody de uma forma única e inovadora, mantendo sua assinatura musical e introduzindo novos elementos.

Em suma, o álbum representou uma nova jornada artística para Luca Turilli, explorando sua visão mais cinematográfica e filosófica do metal, enquanto manteve o espírito épico que definiu sua carreira até então.

Nota: 10

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