O círculo vicioso da corrupção e o crescimento do caos social
Por Michel Sales
O mundo parece estar em um estado de desordem, especialmente no Brasil, um país com abundantes recursos naturais, vastas riquezas minerais, água doce ao extremo, uma flora e fauna exuberantes, além de uma população miscigenada e uma cultura rica em línguas e diversidade religiosa.
Muito já se discutiu sobre isso, mas a cultura de desconstrução social foi amplamente disseminada, tornando quase impossível romper com o ciclo vicioso da corrupção.
O cenário se agrava quando nações que enfrentam os mesmos problemas parecem caminhar para conflitos sociais, impulsionados pela constante enxurrada de notícias tendenciosas, que distorcem os fatos em prol de interesses econômicos, patrocinados pela política corrupta que compromete até mesmo o sistema de justiça.
O que esperar de tudo isso senão uma tragédia anunciada nas ruas? Enquanto isso, o número de favelas cresce, assim como a criminalidade, à medida que a pobreza aumenta, e o caos toma conta do frágil tecido social.
Desvalorização do Real e o impacto no endividamento
Diferentemente dos países desenvolvidos, a moeda brasileira sofre com uma grande desvalorização. Nos EUA, por exemplo, um dólar nunca deixou de ser visto como uma cédula de valor significativo. O apreço que os americanos têm pelo dólar é uma vantagem cultural que contrasta com a realidade brasileira.
Outro exemplo de exploração econômica ocorre quando brasileiros se endividam no cartão de crédito para adquirir produtos cujos preços são amplamente inflacionados por impostos, como prestações de moto, carro, casa própria, roupas, entre outros.
Essa dívida se estende também para compras de itens essenciais, como alimentos, contas de água, luz, gás e combustíveis, o que contribui para a redução descontrolada da renda familiar.
Ciclo de vulnerabilidade econômica
A cultura familiar brasileira ainda reflete as influências políticas, onde, especialmente entre setores de esquerda, existe uma tendência de abordar questões sociais com um viés assistencialista. Isso, muitas vezes, reforça divisões ideológicas baseadas em fatores como cor e religião.
Também sem uma perspectiva de mudança estrutural, novas gerações tendem a reproduzir o padrão de vida dos pais, que nem sempre tiveram acesso à educação ou orientação adequadas.
Assim, muitos jovens constituem família antes mesmo de alcançar estabilidade financeira, sem priorizar aspectos como formação acadêmica, emprego ou construir um lar próprio e estruturado.
Esse cenário contribui para que as dificuldades econômicas persistam, levando muitos a situações de moradia precária, como aluguéis, ocupações irregulares ou moradias em áreas desfavorecidas, tipo as favelas.
A ilusão do progresso entre dívidas e desigualdade
Como descrever a cultura econômica brasileira, que parece definhada a cada novo mandato presidencial? Com as rédeas do poder estagnada nas mãos de figuras repetidas, o cenário político se enrijece, manobrando o capital e travando o desenvolvimento do país.
O que dizer de uma economia que leva o cidadão a contrair dívidas no cartão de crédito para custear turismo, shows, roupas, eletrodomésticos, ou até mesmo itens essenciais como um veículo?
A desvalorização da moeda nacional, presente há anos, corrói a qualidade de vida da população, criando um país dependente de auxílios sociais mínimos, enquanto políticas públicas parecem perpetuar uma realidade de desigualdade e sofrimento.
Até quando o povo viverá como um suplicante, ansiando por dias verdadeiramente melhores?
A expansão humana e o risco do caos social
À medida que a humanidade se expande pela Terra sem acesso a oportunidades dignas de vida — como educação de qualidade, moradia acessível, saúde pública eficaz, segurança preventiva e demais necessidades básicas —, vemos o mundo cada vez mais à beira do caos.
Com o crescimento populacional sem planejamento voltado para uma vida próspera, a impressão que surge é de uma sociedade cada vez mais desorganizada e com uma desigualdade crescente, aprofundando o abismo entre uma elite privilegiada e o restante da população.
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