O rito de um novo legado
Por Michel Sales
Se
desde os longínquos tempos de Max Cavalera você não mais escuta Sepultura,
deixe de ‘mimimi’ e repare o que os caras aprontaram em Quadra, 15º álbum de
estúdio da banda, um disco melodioso, tenso na medida certa e cativante por
completo.
A
evolução criativa do Sepultura tem se mostrado mais evidente a partir de Kairos
(2011) até chegar ao Quadra (2020), onde os caras alcançaram o ápice da
carreira com sua formação atual: Derrick Green (V), Andreas Kisser (G), Paulo
Jr. (B) e Eloy Casagrande (D).
E
mesmo sabendo que as viúvas do Max piram com o ‘Fumaça’ urrando as canções do
Sepultura por mais de 20 anos, Quadra é tão somente mais um disco que reabilita
a banda na cena metal com total ascensão dentre os grandes do Thrash Metal
mundial.
Neste
trabalho, a versatilidade do Sepultura também atinge um status mais elevado no
quesito produção, em que o renomado Jens Bogren equilibra com mérito toda a
energia figurada nas 12 faixas de Quadra.
Segundo
Andreas, o álbum é baseado na obra ‘Quadrivium’, escrita por John Martineau,
uma leitura que compreende as quatro artes liberais: música, geometria,
aritmética e cosmologia como forma de vislumbrar a realidade, impregnando,
sobretudo, aspectos sociais, culturais, religiosos, econômicos, legislativos e
educacionais como regras impostas a vida.
Contudo, perceba cada fragmento desprendido por este petardo moderno, agressivo e diga para si mesmo – ‘Vida longa ao Sepultura’ - que já conta com 36 anos de carreira.
Nota 1000
Nenhum comentário:
Postar um comentário