domingo, 26 de setembro de 2021

SEPULTURA

O rito de um novo legado

Por Michel Sales

Se desde os longínquos tempos de Max Cavalera você não mais escuta Sepultura, deixe de ‘mimimi’ e repare o que os caras aprontaram em Quadra, 15º álbum de estúdio da banda, um disco melodioso, tenso na medida certa e cativante por completo.

A evolução criativa do Sepultura tem se mostrado mais evidente a partir de Kairos (2011) até chegar ao Quadra (2020), onde os caras alcançaram o ápice da carreira com sua formação atual: Derrick Green (V), Andreas Kisser (G), Paulo Jr. (B) e Eloy Casagrande (D).

E mesmo sabendo que as viúvas do Max piram com o ‘Fumaça’ urrando as canções do Sepultura por mais de 20 anos, Quadra é tão somente mais um disco que reabilita a banda na cena metal com total ascensão dentre os grandes do Thrash Metal mundial.

Neste trabalho, a versatilidade do Sepultura também atinge um status mais elevado no quesito produção, em que o renomado Jens Bogren equilibra com mérito toda a energia figurada nas 12 faixas de Quadra.

Segundo Andreas, o álbum é baseado na obra ‘Quadrivium’, escrita por John Martineau, uma leitura que compreende as quatro artes liberais: música, geometria, aritmética e cosmologia como forma de vislumbrar a realidade, impregnando, sobretudo, aspectos sociais, culturais, religiosos, econômicos, legislativos e educacionais como regras impostas a vida.

Contudo, perceba cada fragmento desprendido por este petardo moderno, agressivo e diga para si mesmo – ‘Vida longa ao Sepultura’ - que já conta com 36 anos de carreira.

Nota 1000


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