Os agitadores dos Tempos Modernos
Por Michel Sales
O povo parece um rebanho
de ovelhas caminhando para a labuta diante da modernidade em 1936, quando a
vida recebe um impulso da revolução industrial. Este período caracteriza
diversas situações sociais, dentre elas observamos o assédio psicológico dos
chefes, além de outros desequilíbrios que evidenciam perturbação e caos pelos
suplicantes.
Assim, inicia o filme
#TemposModernos, de Charlie Chaplin, remontando em seu enredo diversas crises
que afrontam negativamente a sociedade, como a falta de qualificação para os
serviços, o desemprego, a miséria, a criminalidade, a violência, a insegurança,
a mentira, a perseguição, a subversão das drogas, a favelização, a precariedade
na saúde, o desespero e a morte.
Mas o longa-metragem
também espelha pontos positivos, como a religiosidade, a esperança de dias
melhores, o sonho de uma moradia, a singularidade familiar, o filé e o leite
fresco na mesa, a diversão, o respeito e a honestidade, a coragem, a solidariedade,
a fraternidade e o amor.
Desde sempre, a
humanidade persiste num caminho dificultoso, buscando romper preconceitos e
burocracias. Tempos Modernos não é diferente da nossa realidade, quando
refletimos sobre um período de reivindicações por mudanças justas, no que atuam
os sindicatos trabalhistas tentando reformular leis e constituir garantias que
organizem o desenvolvimento da população.
A robotização também é um
detalhe primaz em 1936, no que o filme apresenta o auxilio das máquinas a
serviço e substituição dos reflexos, referindo a comodidade como aspecto da
evolução do tempo. Com isso, percebemos ainda a vigília das gerencias sobre os
operários pelo amparo de projeções que assustam até quem vai ao banheiro. Ou
seja, Tempos Modernos caracteriza uma comunicação virtual sendo aferida no
subconsciente do trabalhador onde quer que ele esteja. E logo o braçal finda na
perturbação, aflição, angustia, estresse, invalidez e demissão.
No mais, o longa-metragem
de Chaplin nos ensina a enxergar (do que somente ver), referindo um caminho
para evoluirmos com educação, no que possamos aprender a fazer e demonstrar o
nosso melhor em cada coisa, seja dançando, cantando, ministrando aula,
comercializando, etc., mas labutando com virtude diante da movimentação
continua do corpo social.
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