Experiências aprimoradas do Black Metal
Por Michel Sales
Dos anos 2000 aos dias atuais, a evolução das bandas
de Thrash, Death, Gothic e Black Metal em termos de produção tem se mostrado
latente a cada disco lançado. Observe, por exemplo, os últimos discos do The
Elysian Fields, Behemoth, Dimmu Borgir, Septicflash, Opeth, Suicidal Angels,
Sepultura, Paradise Lost, dentre outras bandas clássicas deste cenário.
Com isso, adeptos mais segmentados no Hard/Heavy
também têm simpatizado com as vertentes mais extremas do estilo, principalmente
pelo quesito produção, despertando atenção deste público para conceitos mais
elaborados, sonoridades ainda mais definidas e criatividade soberba sobre
diferentes linguagens e diversidades culturais, mesclando conceitos
folclóricos, religiosos e sinfônicos com melhor fluidez sonora.
Uma das bandas que tem se destacado bastante dentre os
fãs de Metal é o Rotting Christ. Com mais de três décadas na Cena Negra, o
grupo já lançou um vasto material de estúdio - EPs, singles e LPs - desde seu
inicio em 1987, na Grécia.
Nos anos 90, o Roting Christ segmentava uma sonoridade
mais crua, que foi sendo moldada a cada disco produzido. O álbum Genesis
(2002), por exemplo, já refere a banda oxigenando uma atmosfera um tanto gótica, abrindo novos capítulos em sua carreira evolutiva a partir da
experiência e habilidade do guitarrista e vocalista Sakis Tolis e seu irmão
Themis, na bateria.
E experimentando elementos diversos do Metal, o
Rotting Christ passou a alimentar suas raízes negras com mais vigor criativo na
Cena Pagã. O nono álbum da banda, 'Theogonia' (2007), fez com que os gregos
adicionassem uma identidade mais tribal em seu som, fator preponderante como
marca registrada, desde então. A partir daí, o Rotting Christ tem explorado
ainda mais o legado mítico das culturas ao redor do mundo, principalmente da
Grécia, de 5000 anos históricos de crendices, batalhas épicas, deuses e
demônios, seitas e rituais sagrados, zoroastrismo, entre outros conceitos.
Dessa nova safra de produções vigorosas do Rotting
Christ podemos destacar alguns de seus discos mais aclamados: ‘Genesis’ (2002),
'Aealo' (2010), 'Κατά τον δαίμονα εαυτού' (2013), 'Rituals' (2016) e 'The
Heretics' (2019). Ou seja, se você é fã de Thrue Metal, Power Metal, Hard e
demais rótulos do Rock, dê atenção para estas execuções melódicas do Rotting
Christ, pois estes discos vão te surpreender de cara, com temas e frequências
cativantes. No mais, o Rotting Christ é uma excelente referencia para você
perceber as nuances e desenvolturas dos hereges do Black Metal.
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