segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ROTTING CHRIST

Experiências aprimoradas do Black Metal

Por Michel Sales 

Dos anos 2000 aos dias atuais, a evolução das bandas de Thrash, Death, Gothic e Black Metal em termos de produção tem se mostrado latente a cada disco lançado. Observe, por exemplo, os últimos discos do The Elysian Fields, Behemoth, Dimmu Borgir, Septicflash, Opeth, Suicidal Angels, Sepultura, Paradise Lost, dentre outras bandas clássicas deste cenário.

Com isso, adeptos mais segmentados no Hard/Heavy também têm simpatizado com as vertentes mais extremas do estilo, principalmente pelo quesito produção, despertando atenção deste público para conceitos mais elaborados, sonoridades ainda mais definidas e criatividade soberba sobre diferentes linguagens e diversidades culturais, mesclando conceitos folclóricos, religiosos e sinfônicos com melhor fluidez sonora.

Uma das bandas que tem se destacado bastante dentre os fãs de Metal é o Rotting Christ. Com mais de três décadas na Cena Negra, o grupo já lançou um vasto material de estúdio - EPs, singles e LPs - desde seu inicio em 1987, na Grécia.

Nos anos 90, o Roting Christ segmentava uma sonoridade mais crua, que foi sendo moldada a cada disco produzido. O álbum Genesis (2002), por exemplo, já refere a banda oxigenando uma atmosfera um tanto gótica, abrindo novos capítulos em sua carreira evolutiva a partir da experiência e habilidade do guitarrista e vocalista Sakis Tolis e seu irmão Themis, na bateria.

E experimentando elementos diversos do Metal, o Rotting Christ passou a alimentar suas raízes negras com mais vigor criativo na Cena Pagã. O nono álbum da banda, 'Theogonia' (2007), fez com que os gregos adicionassem uma identidade mais tribal em seu som, fator preponderante como marca registrada, desde então. A partir daí, o Rotting Christ tem explorado ainda mais o legado mítico das culturas ao redor do mundo, principalmente da Grécia, de 5000 anos históricos de crendices, batalhas épicas, deuses e demônios, seitas e rituais sagrados, zoroastrismo, entre outros conceitos.

Dessa nova safra de produções vigorosas do Rotting Christ podemos destacar alguns de seus discos mais aclamados: ‘Genesis’ (2002), 'Aealo' (2010), 'Κατά τον δαίμονα εαυτού' (2013), 'Rituals' (2016) e 'The Heretics' (2019). Ou seja, se você é fã de Thrue Metal, Power Metal, Hard e demais rótulos do Rock, dê atenção para estas execuções melódicas do Rotting Christ, pois estes discos vão te surpreender de cara, com temas e frequências cativantes. No mais, o Rotting Christ é uma excelente referencia para você perceber as nuances e desenvolturas dos hereges do Black Metal.




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