O ritmo frenético da maior banda de Metal de todos os tempos
Por Michel Sales
Devore com
gelo ou engula seco o whisky na jarra, a maior banda de Heavy Metal do mundo é
o Metallica. Gostou da rima? Se não gostou, continue tomando sua fanta laranja
com tranquilidade, enquanto saboreia estas palavras sobre o real gigante do
estilo.
Completados
42 anos em 2023, vire e mexe o Metallica atrai seus holofotes também para a
distração dos fãs, que durante os momentos rasos de ócio adoram cutucar com
vara curta a personalidade de seus ídolos, alfinetar seus registros sonoros,
sobretudo, aplaudir as apresentações memoráveis do quarteto apocalíptico.
E nessa
pegada infindável dos “adoradores da arca perdida”, o Metallica deslanchou
ainda mais no universo extremo da música, no que amar loucamente os primeiros
cinco registros da banda, e na sequência se deparar com uma reformulação
“química” quanto aos álbuns Load e Re-load, foram fatores que mais balançaram
os estômagos do que as cabeças dos seguidores mais entusiasmados.
Contudo,
estes discos trouxeram à banda novos adeptos diante da evolução do tempo, onde
os caras do Metallica sempre buscaram caminhar para frente, mesmo que este não
fosse o melhor trajeto. Ou seja, a carreira do Metallica enveredou em mais
criatividade incorporadas, especialmente, aos sete pecados capitais: ira (Kill
'Em All - 1983, Ride The Lightning - 1984, Master Of Puppets – 1986), soberba
(Hardwired... To Self-Destruct - 2016), avareza (Load - 1996 e ReLoad - 1997),
luxúria (Metallica - 1991 e 72 Seasons - 2023), gula (Symphony & Metallica
- 1999/2019), inveja (...And Justice for All – 1988 e Death Magnetic - 2008) e
preguiça (St. Anger - 2003).
Brincadeiras
à parte, nesta evolução do tempo - contando ainda com a interação midiática
ferrenha dos fãs - o Metallica continuou fazendo seu trabalho musical, mesmo
que fosse uma bolacha recheada com bosta atirada diretamente nos tímpanos da
falação maldita.
Hoje, em
números, o Metallica está entre as bandas de Rock/Metal que mais bate recordes
econômicos, seja com a venda de seus produtos, ingressos, ou mesmo arrecadando
fundos para caridades, o Metallica quando lança novidades e sai na estrada faz
uma varredura sem precedentes no bolso dos metaleiros, que não se arrependem do
investimento cultural.
Somente em
2020, a banda faturou nove milhões de dólares contabilizados através da venda
de mídia física, merchandising, direitos para publicação via streamings, turnê
e etc., sendo um dos grupos mais bem pagos.
Dentre os
lançamentos inéditos da banda, o Metallica vem lançando um disco em uma
sequência média de sete anos, varridos desde St. Anger, onde se pode considerar
o período de gestação do álbum (um ano), seguida pela turnê (um ano), até o
repouso dos caras (um ano em casa ou numa clínica de reabilitação), então eles começam a trabalhar
mais um play ao vivo na discografia (um ano), até que novamente pegam a estrada
(um ano), em seguida descansam um pouco mais os ânimos restantes (um ano), até
que entram noutro processo de criação e por aí vai.
Bom, ao menos para provar a si mesmo suas capacidades ou incapacidades, o Metallica não precisa. Enquanto aos fãs, cabe mesmo retrucar e refletir por quê os caras não jogam simples em seus novos discos como nos anos 80, sendo igualmente ríspidos e precisos com apenas oito ou dez músicas? No mais, assistir aos shows dos caras com sangue nos olhos ainda é um fator muito gratificante nos dias de hoje. Portanto, vida longa aos malucos do Metallica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário