Fadas, duendes, elfos e demônios na singularidade do estilo
Por Michel Sales
Na
Alemanha, no final dos anos 80, com a aparição de Michael Kiske vociferando os
aclamados Keepers Of The Seven Keys (Helloween), o Power Metal logo tomou
proporções universais, onde na Itália, Brasil, Finlândia, Suécia, Suíça,
Noruega, Estados Unidos, Argentina e demais países do globo logo conceberam
milhares de grupos semelhantes ao quinteto alemão.
Desde
então, bandas como Rhapsody, Insania, Freedom Call, Kamelot, Angra, HammerFall, Iced Earth, Sabaton, Grave Digger, Stratovarius, Shaman, Blind Guardian, Edguy, Heavens Gate e outras
mais desenvolveram grandes trabalhos, levando os fãs de Power Metal ao êxtase
das sagas mediáveis, onde era preciso escalar o topo das montanhas, enfrentar
demônios e feiticeiros, depois lutar contra terríveis dragões para enfim salvar
a princesinha virgem, ou mesmo queimar o anel no fogo do quinto dos infernos.
A verdade é
que o Power Metal incorporou a literatura clássica e cinematográfica,
espelhando contos e sagas dramáticas, também recriando universos paralelos ou
semelhantes ao Senhor dos Anéis (J. R. R. Tolkien), A Guerra dos Tronos (George
R. R. Martin), As Brumas de Avalon (Marion Z. Bradley), Duna (Frank Herbert), A
Tempestade ou Hamlet (William Shakespeare), Jornada nas Estrelas (Gene
Roddenberry), entre outras referências.
Então, com
o Power Metal estrondando no multiverso terrestre, logo o estilo também viria
saturar desfragmentando diversas bandas ainda com suas espadas sagradas em
punho atentando bestas-feras com mais e mais fogo cruzado no gogó resguardando
centenas de bilhares de donzelas gemendo alto nas torres dos castelos sombrios.
Enfim, se
você curte Power Metal com forte entusiasmo, obviamente tem na sua coleção ao menos cinco discos que
considera importantes no estilo. Abaixo, vide um top 5 especial Power Metal. E
caso você desconheça algum dos discos, ouça antes de morrer.
HELLOWEEN – KEEPER OF THE SEVEN KEYS 1 E 2
Com suas
capas majestosas, os Keepers referiram não somente fantasia, mas também
histórias cotidianas, de quando os jovens músicos encaravam o mundo de forma
despojada, positiva e caricata, fugindo dos estigmas dark tão relevantes no
Heavy Metal. E nessa nova empreitada, Os Guardiões das Sete Chaves se tornaram
obras-primas, sendo referências máximas do Power Metal até hoje.
GAMMA RAY - LAND OF THE FREE
Quando Kai
Hansen (pai do Power Metal) saiu do Helloween, o Gamma Ray surgiu incorporando
influências mais agressivas, somadas a letras igualmente ríspidas. Contudo, com
o lançamento de Land Of The Free (4º disco da banda), Kai Hansen resolveu
vociferar a nova e ardida saga clássica sobre o bem e o mal, tornando o
discaralho também singular e meteórico no Power Metal.
LUCA TURILLI - KING OF THE NORDIC TWILIGHT
Em sua
carreira solo, o italiano e insano matador de dragões Luca Turilli (Rapsody)
criou uma nova trilogia épica do Power Metal, considerada por muitos fãs uma
obra-prima do estilo.
Em King Of
The Nordic Twilight, Luca enveredou sua genialidade imaginária - e não menos
óbvia entre o bem e o mal - sob a trama de mais um herói tentando não morrer
confrontando dragões, monstros e robôs pela vontade de reconquistar seu espaço
- numa saga ainda mais abrasada por chamas vermelhas, azuis, amarelas, verdes e
demais cores do arco-íris em um mundo gélido e sóbrio.
FREEDOM CALL – DIMENSIONS
Para os amantes de uma sonoridade ainda mais bombástica e acelerada, Dimensions é um prato cheio. Este contemporâneo petardo do Power Metal, obviamente, é mais um trabalho ambientado em utopias negativas, onde num mundo pós-apocalíptico, no ano de 3051, um demônio criado pela humanidade surge devastando o que ainda resta da vida.
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