sábado, 1 de junho de 2024

LEGADO ESTRIDENTE

Fall eleva sonoridade do Borknagar com mais progressividade e detalhes agressivos

Por Michel Sales


Superação é a palavra que define "Fall" (2024), o 12º álbum do Borknagar, sucessor do épico "True North" (2019).

Em "Fall", a banda norueguesa apresenta um trabalho ainda mais consistente, também repleto de detalhes aviltantes que destacam as habilidades vocais de Lazare (V/K) e ICS Vortex (V/B), além dos timbres marcantes de Øystein G. Brun (G), Jostein Thomassen (G) e Bjørn Dugstad (D).

Tematicamente, "Fall" explora a beleza e a brutalidade da natureza, além de reflexões existenciais e paisagens antigas. Assim, a banda busca capturar a essência dos extremos da vida, criando uma experiência sonora que mescla agressividade e contemplação.

Segundo Øystein, "Fall" retrata e valoriza tudo aquilo que persiste e supera os limites diante da grande queda, enquanto todos buscamos as alturas supremas ao longo de nossa existência.

Faixas como "Summits" e "Northward" destacam os elementos de black metal, enquanto "Moon" e "Nordic Anthem" incorporam influências de heavy metal e folk, criando uma atmosfera tribal e hipnótica.

A arte da capa é outra obra-prima criada pelo artista alemão Eliran Kantor (Helloween, Testament, Gaerea, Iced Earth, Kreator), além da mixagem refinada de Jens Bogren (Sepultura, Angra, Opeth, Amon Amarth...), que elevou os 54 minutos de "Fall" a um novo patamar de qualidade.

No mais, "Fall" reforça a posição do Borknagar como uma força proeminente no metal progressivo e black metal, combinando elementos clássicos e modernos para criar um som rico e dinâmico.

Nota: 10


A BANDA

Borknagar é uma banda de metal progressivo e black metal formada em 1995, na Noruega, por Øystein G. Brun, ex-guitarrista da banda Molested. Borknagar é conhecida por sua mistura única de black metal, folk e música progressiva, bem como por suas letras filosóficas e temas ligados à natureza, mitologia e existencialismo.

A banda foi formada com a intenção de criar algo diferente do death metal tradicional. O primeiro álbum, autointitulado "Borknagar" (1996), foi gravado com uma formação estelar que incluía membros de outras bandas proeminentes da cena norueguesa, como Infernus (Gorgoroth), Grim (Immortal) e Ivar Bjørnson (Enslaved).

O segundo álbum, "The Olden Domain" (1997), marcou uma mudança significativa no som da banda, introduzindo mais elementos de música progressiva e folk. Este álbum é considerado um marco e ajudou a estabelecer a identidade musical distinta de Borknagar.

Com o passar dos anos, a banda continuou a evoluir, incorporando mais elementos progressivos e sinfônicos em seus trabalhos. Álbuns como "Quintessence" (2000) e "Empiricism" (2001) demonstram a capacidade da banda de misturar complexidade técnica com melodias envolventes.

Nos anos 2010, Borknagar lançou álbuns como "Urd" (2012), "Winter Thrice" (2016) e "True North" (2019), que foram bem recebidos pela crítica e pelos fãs, consolidando ainda mais sua reputação como uma banda inovadora e influente no cenário do metal.

As letras de Borknagar frequentemente exploram temas filosóficos, existenciais e naturais. Eles abordam questões de identidade, a relação do homem com a natureza e reflexões sobre a existência e o cosmos.

A Borknagar é reconhecida por sua habilidade de mesclar diferentes estilos de metal e criar composições complexas e melódicas. Eles têm uma base de fãs dedicada e são respeitados por sua abordagem inovadora e filosófica da música. A banda continua a ser uma força influente no cenário do metal, inspirando outras bandas a explorar novas direções musicais.

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