A dualidade entre peso e progressão no som do Rush
Por Michel Sales
O discaralhaço Counterparts (1993), 15º álbum de estúdio da banda de rock progressivo canadense Rush, marcou uma fase mais pesada na sonoridade do power trio, incorporando elementos de hard rock e uma produção mais moderna, mantendo a habilidade técnica que sempre foi uma marca registrada do grupo.
E sugerindo a ideia de opostos que se complementam, Counterparts explorou dualidades, como mente e corpo, ciência e espiritualidade. As composições assinadas por Neil Peart (D), abordam ainda questões filosóficas e emocionais mais profundas, como relacionamentos e identidade pessoal.
Em termos de som, Counterparts realmente se destaca por sua abordagem mais direta e pesada, com guitarras mais agressivas de Alex Lifeson. O álbum também é uma reação contra o som mais sintético que a banda vinha explorando nos álbuns anteriores, retornando a um estilo mais orgânico e baseado em instrumentos.
Dentre as faixas de destaque: "Stick It Out", é o single principal e atingiu grande sucesso nas paradas de rock. "Animate" e "Nobody's Hero" são músicas medonhamente notáveis, sendo a última uma reflexão sobre heróis anônimos e causas pessoais.
Diante dos fãs e da crítica, Counterparts foi bem recebido, sendo visto como uma síntese entre o estilo mais direto do hard rock e a complexidade progressiva pela qual o Rush é conhecido. Ainda na época de seu lançamento, a bolachinha atingiu a 2ª posição na parada da Billboard 200, o que o tornou um dos maiores sucessos comerciais da banda.
Nota: 10
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