A odisseia progressiva do Iron Maiden que desafia o tempo e críticos
Por Michel Sales
Se a Donzela de Ferro já vinha incorporando elementos progressivos em seus álbuns mais simples, o que dizer então do grandioso disco duplo The Book Of Souls (2015)? E antes mesmo de criticar negativamente essa bolachinha, vale a pena destacar que o 16º álbum de estúdio dos britânicos se sobressai por várias razões...
Com uma duração de mais de 90 minutos, o que o torna o álbum mais longo da carreira da Iron Maiden, The Book Of Souls explora conceitos místicos e espirituais, com influências culturais maias, como se reflete na arte da capa. Já as letras tratam de vida, morte, alma e imortalidade, dentre canções marcantes, incluindo músicas longas e épicas como "Empire Of The Clouds", que tem 18 minutos, tornando-se a faixa mais longa já gravada pela banda, sendo uma música escrita por Bruce Dickinson descrevendo o desastre aéreo do dirigível britânico R101.
O lançamento do álbum também ocorreu durante um período difícil para Bruce Dickinson, que havia passado por um tratamento contra o câncer de língua. Mesmo assim, sua performance é impressionante neste trampo, o elevou The Book Of Souls pela crítica e fãs, sendo elogiado por sua ambição, complexidade e o retorno da banda ao seu estilo progressivo. E nessa pegada, o disco alcançou o topo das paradas em vários países e consolidou ainda mais o legado do Iron Maiden.
De fato, The Book Of Souls mostra o Iron Maiden em grande forma, com uma mistura de inovação e homenagem às suas raízes do Heavy Metal, entenda você ou não.
Nota: 10
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