quinta-feira, 31 de outubro de 2024

KING DIAMOND

A atmosfera sinistra de The Graveyard no Halloween

Por Michel Sales


No mês de outubro, época de Halloween, eu costumo separar uma coleção de discos assustadores e coloco pra tocar do começo ao fim, em celebração ao Dia de Todos os Santos.

Entre as pérolas dessa seleção estão Bark at the Moon (Ozzy Osbourne), Keeper of the Seven Keys - Part 1 (Helloween), Born Again (Black Sabbath) e The Graveyard (King Diamond). Falando em The Graveyard, considero esse álbum a trilha sonora perfeita para uma festa de Halloween sombria e intensa. É simplesmente espetacular!

"The Graveyard", 7° álbum de estúdio do Rei Diamante, foi lançado em 1996 trazendo uma história sombria e teatral que se desenrola ao longo de suas faixas. O álbum explora temas de horror psicológico e vingança, envolvendo um protagonista perturbado e sua relação com um antagonista corrupto.

A trama se passa em um cemitério e acompanha a jornada de um homem que busca vingança contra o prefeito McKenzie, a quem ele acusa de abuso. Após ser internado em um asilo, o personagem principal escapa e decide acertar contas com McKenzie, levando-o ao cemitério onde pretende realizar sua vingança. A história se torna cada vez mais obscura e visceral, com o personagem principal assumindo um papel macabro em sua busca por justiça.

Musicalmente, esse discaralhoooo combina riffs de heavy metal com passagens melódicas e elementos atmosféricos que intensificam o clima sombrio. A performance vocal de King Diamond, que alterna entre agudos assustadores e vocais narrativos, acrescenta um toque teatral à narrativa.

"The Graveyard" mantém o estilo característico do Rei Diamante, marcado por uma musicalidade macabra e envolvente.

Nota 10

A FERA

O cantor e compositor dinamarquês Kim Bendix Petersen, vulgo “King Diamond”, ficou famoso pelo estilo teatral, vocal icônico e temáticos macabras em sua música. Ele nasceu em 14 de junho de 1956 e ganhou destaque nos anos 80 como vocalista da banda de heavy metal Mercyful Fate, além de sua bem-sucedida carreira solo.

Com uma extensão vocal impressionante e uma presença de palco marcante, King usa e abusa de facepaint e performances que destacam o clima sombrio e quase operático de suas apresentações.

No início dos anos 80, o Mercyful Fate foi essencial para a evolução do metal extremo e influenciou diretamente o desenvolvimento do black metal com seu som pesado, letras ocultistas e temáticas obscuras. Após alguns anos de sucesso, King Diamond seguiu em carreira solo, onde aprofundou seu estilo único com álbuns conceituais como Abigail (1987), Them (1988) e Conspiracy (1989).

Essas discotecas contêm histórias complexas, que misturam terror e sobrenatural, narradas pelo Rei Diamante com uma voz que alterna entre falsetes agudos e tons graves, o que ajuda a dar vida aos personagens.

Suas letras e álbuns criam uma atmosfera de terror e mistério, e o uso de cenografia elaborada e teatralidade em seus shows cativam o público. King Diamond é muito respeitado por seu impacto no heavy metal e continua influenciando gerações de músicos e fãs, seja pela originalidade musical ou pela estética sombria que moldou.

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