Ritual acende a velha chama tribal do Soulfly
Por Michel Sales
“Ritual”, 11º álbum do Soulfly (2018), reconecta a banda à pulsação tribal que marcou a fase clássica de Max Cavalera, sem abrir mão do peso contemporâneo de groove/thrash e dos lampejos de death/black que vinham norteando os discos anteriores.
Produzido, gravado e mixado por Josh Wilbur (Lamb of God, Gojira), o álbum chegou com singles certeiros: “Evil Empowered”, a faixa-título “Ritual”, “Dead Behind the Eyes” e “Under Rapture”. O clipe em 360° de “Ritual” reforça o clima cerimonial que dá nome ao trabalho.
No som, há equilíbrio entre riffs afiados, batidas marcantes e refrões diretos — um “retorno à forma” que mira impacto sem perder o senso de canção. A capa, assinada por Eliran Kantor com design adicional de Marcelo Vasco, traduz visualmente essa proposta mística/tribal: um arqueiro mascarado ajoelhado, arco tensionado ao céu, em meio a uma paisagem ígnea com ruínas ao fundo.
Em entrevista, Max Cavalera explicou como a arte dialoga com o conceito do disco, creditando a pintura a Kantor e o pacote gráfico a Vasco. No mais, “Ritual” é audição obrigatória para quem acompanha a trajetória de Max: direto, pesado e espiritualmente incendiário.
Nota: 10


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