Geoff Tate ressuscita a saga prometendo som pesado e técnica surpreendente
Por Michel Sales
O vocalista Geoff Tate (ex-Queensrÿche) surpreendeu os fãs neste mês de novembro ao anunciar uma terceira sequência para o aclamado Operation: Mindcrime (1988), considerado um dos maiores álbuns de heavy metal de todos os tempos.
Sobre o direcionamento musical da terceira parte de Operation: Mindcrime, o cantor refletiu: “Eu diria que tem mais uma sensação inicial do Queensrÿche. (As novas músicas são) superpesadas, e algumas delas são incrivelmente técnicas. Elas são como álgebra (risos). Você precisa de uma calculadora quando estiver ouvindo a música (mais risos). E, claro, algumas delas são muito emocionais. É o último capítulo da série Mindcrime. Então, está seguindo as façadas de Dr. X, Nikki e Sister Mary (personagens da história contada no nos dois primeiros álbuns), e pega em um ponto específico de sua história e meio que faz o microscópio do que está acontecendo naquele momento específico com ele. E eu estou apaixonado por isso. Estou muito feliz com tudo até agora e mal posso esperar para que as pessoas ouçam”.
Com o Queensryche, Tate se destacou por seu alcance vocal impressionante, timbre potente e habilidade de incorporar emoções complexas em suas interpretações. Ele entrou para o Queensrÿche em 1981, e sob sua liderança, a banda se tornou uma das mais respeitadas do rock e metal progressivo, com álbuns icônicos como The Warning (1984), Rage for Order (1986) e, claro, Operation: Mindcrime (1988).
Ainda com a banda, Tate lançou em 2006 o despretensioso ‘Operation: Mindcrime II’, retomando a história de Nikki, a protagonista, cerca de 18 anos após os eventos do primeiro álbum. Após cumprir pena na prisão pelos assassinatos cometidos sob a influência do manipulador Dr. X, Nikki é libertada e busca vingança contra aqueles que o controlaram e destruíram sua vida, especialmente contra o próprio Dr.
Apesar de não alcançar o mesmo status lendário do álbum original, Operation: Mindcrime II foi recebido com interesse pelos fãs por sua continuidade narrativa e pela ousadia de reviver uma das histórias mais icônicas do metal. A obra também gerou debates sobre o impacto do Queensrÿche na narrativa musical e a coragem de revisitar um tema tão consagrado.
Após sua saída do Queensrÿche em 2012, Tate seguiu
carreira solo e lançou novos projetos, incluindo sua própria versão do
Operation: Mindcrime com uma nova banda de apoio, onde explorou novamente temas
sociais e políticos. Ele continua sendo um dos vocalistas mais respeitados do
rock, conhecido por sua técnica, presença de palco e criatividade artística.
Operation: Mindcrime , lançado pelo Queensrÿche em 1988, é um álbum conceitual que explora temas de manipulação, corrupção política e revolta. A história gira em torno de Nikki, uma jovem viciada e desiludida com o sistema, que é recrutada para uma organização secreta liderada por um personagem chamado Dr. X. Esse líder o manipula usando drogas para realizar assassinatos de figuras políticas e religiosas corruptas.
Ao longo da narrativa, Nikki é atraída por Mary, uma ex-prostituta e freira que também foi manipulada pelo Dr. X. Seu relacionamento com ela o faz questionar suas ações e o controle de Dr. X. No entanto, quando Mary é misteriosamente assassinada, Nikki se vê em um dilema moral e mergulha em uma espiral de caos, desespero e busca por justiça.
A trama de Operation: Mindcrime traz uma crítica afiada aos sistemas de controle e explora a ideia de revolta contra as forças opressivas, enquanto lida com as consequências psicológicas da manipulação e do abuso de poder.
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