O frio cosmológico e a solidão humana
Por Michel Sales
O mais recente álbum dos bracarenses da Mão Morta, ‘No fim era o frio’ (2019), traz 11 temas que devem ser apreciados de ponta a ponta e com bastante atenção aos detalhes narrados em meio à sonoridade singular da banda.
A bolacha já chama atenção pela capa ilustrada por José Carlos Costa, demonstrando o que descreve o disco sobre conceitos distópicos, abordando situações intoleráveis da vida, remetendo ao desespero, a privação e perdas.
Nas palavras de Adolfo Luxúria Canibal, “No fim era o frio’ ainda refere atenção sobre a subida das águas do mar pelo aquecimento global, mas também cabe ao ouvinte refletir suas ideias, já que o álbum replica e questiona diferentes paradigmas do quotidiano, mesmo remetendo alguns horizontes ficcionais”.
A Mão Morta é uma banda de Rock Vanguardista surgida em 1984 e sua discografia é bem vasta. O grupo é muito popular na Europa e com o lançamento de No Fim Era o Frio, a Mão Morta parece ter previsto também a realidade atual em meio a pandemia de Covid 19, já que a doença tem ‘varrido’ parte da humanidade e desconfigurado a normalidade social, unindo o caos, a corrupção, o desemprego, a miséria e a fome.
Sem mais delongas, avalie com carinho a narrativa poética de Canibal (V) e a musicalidade de sua trupe: Miguel Pedro (D), Antônio Rafael (K), Sapo (G), Vasco Vaz (G) e Joana Longobardi (B).
Nota: 1000
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